Experiência empírica com a Cibercultura: uma experiência científica a partir do Facebook



Parabéns aos idealizadores e aos alunos do curso.

Esta é uma experiência que comprova a potência das redes sociais na Internet, e fora dela, em diferentes políticas sociais. O fecebook ( com miúsculo, mesmo), a meu ver, deve ser encarado apenas como uma das "trilha do conhecimento", lembrando Vannevar Bush, e não como a que é capaz de produzir este tipo de interação. Tanto esta como o Google, e todos os seus produtos, são sensores do sistema que não estão interessados em que conheçamos a fundo o que está nesta trilha, a do compartilhamento e interação de experiências. A inovação (se é para se chamar assim, pois esta atitude em educar é antiga e tem resultados em revoluções socialistas da década de 70/80, na Nicarágua, por exemplo, onde todos que sabiam ler e escrever foram obrigados a ensinar aos que não sabiam, numa "rede pela educação"), está em usar as ferramentas que o poder de vigilância nos oferece, em favor da educação, do exercício da pesquisa acadêmica, da discussão científica dentro das tecnologias da Internet, como inúmeras outras experiências educacionais, e também políticas que são realizadas neste mesmo ambiente. Respeitar as singularidades, apostar em cada um que faz parte desta Rede, absorver as experiências sem moralismo e doutrinação é que será a diferença. Este passo ainda não demos. Ainda precisamos dissolver as singularidades num todo, fazer com que as ideias e ideias sejam o mesmo para todos. Isso já sabemos que é inviável. Essa é a diferença que percebo para o futuro: cada um tem direito a ser autor de sua própria ideia e fazer dela o que bem entender, dentro de um coletivo, dentro de uma Rede. O difícil é lidar com esta possibilidade. Não sabemos. Em uma Rede não há porque dissolver seus participantes em um só. O uno pode ser a junção de todos, cada um com seu nome, seu credo, sua cor, seu conhecimento, produzindo a seu modo e contribuindo para quem tiver proximidade com as suas ideias, proporcionando um resultado de bem estar coletivo, onde todos são independentes. Começo a entender que há várias tribos, várias mesmo, que extrapolam meu conhecimento e que não terei tempo para conhecê-las, por mais que viva. Não existe o mundo fantástico onde todos os saberes e desejos são respeitados como o de cada um, onde o indivíduo é notado em seu saber inconsciente, mas podemos construir. É nisso que eu acredito.

Foi ouvinte do curso.







"Resumo

Este artigo é um estudo de caso relativo ao curso “As Redes Sociais Antes e Depois da Internet: O Que São e Suas Possibilidades Para a Saúde” realizado no Programa de Pós-Graduação em Informação, Comunicação e Saúde (PPGICS) do Instituto de Comunicação e Informação em Ciência e Tecnologia (ICICT) da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), para alunos de Mestrado e Doutorado, com características de Blended Course, de Aprendizagem Ubíqua e de Educação em Rede. O curso ocorreu na modalidade presencial, semipresencial e a distância. As aulas foram transmitidas simultaneamente via Hangout a partir de um grupo no Facebook. A análise das interações ocorridas nessa rede social partiu da coleta de dados sobre as interações em sala de aula e no grupo do Facebook; seguida das análises quantitativa e qualitativa de redes sociais. Concluímos que o Facebook pode ser utilizado como arquitetura pedagógica, pois fornece suporte necessário ao compartilhamento de conhecimentos e estimula senso de comunidade entre os envolvidos, embora, não forneça muitos recursos de controle e acompanhamento das interações dos aprendizes."

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http://apl.unisuam.edu.br/revistas/index.php/revistaaugustus/article/view/240

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